Luiz Olivieri
(1869-1937)
Luiz Olivieri. Detalhe de foto.
Fonte: Museu Histórico Abílio Barreto. Editada
Notas biográficas
Luiz Olivieri nasceu na Itália, em 1869, e graduou-se em Florença. Foi um arquiteto, pintor e escultor que chegou a Belo Horizonte em 1895 para trabalhar na CCNC - Comissão Construtora da Nova Capital.
Na capital mineira, exerceu o ofício da arquitetura por mais de 30 anos. No seu prodigioso percurso profissional, foi autor – para além de edifícios públicos no âmbito da CCNC – de mais de 400 projetos destinados a obras particulares na cidade, firmando-se como um verdadeiro construtor da paisagem urbana local.
Em julho de 1897, constituiu o primeiro escritório de arquitetura da capital. Além disso, também foi pioneiro nas atividades culturais no campo da arquitetura em Belo Horizonte: realizou a primeira exposição de arquitetura na cidade (1911); e publicou os livros O Architecto Moderno no Brasil (1911 e 1922) e O Lar Moderno (1931).
Seus livros, fartamente ilustrados com plantas e fachadas, serviram como importantes manuais para diversas construções em estilo Eclético, tanto em BH quanto em outras cidades de Minas Gerais.
Por outro lado, a significativa produção arquitetônica em solo belo-horizontino, possibilitou a Olivieri a internacionalização da sua obra. Em 1911, com projetos de edifícios públicos e habitações, o arquiteto participou da Esposizione Internazionale delle Industrie e del Lavoro, realizada em Turim e Roma.
Enquanto ativista social, em prol dos imigrantes italianos em Belo Horizonte, contribuiu para a organização e participou da Società Operaria Italiana de Beneficenza e Mutuo Soccorso. Em 1937, Luiz Olivieri faleceu na cidade de Contagem, Minas Gerais.
Capa do livro O Architecto Moderno no Brasil (2ª edição, 1922), de Luiz Olivieri. Fonte: A Casaca do Arlequim: Belo Horizonte, uma Capital Eclética do Século XIX.
Assinatura do arquiteto
Assinatura de Luiz Olivieri.
Fonte: Noronha (2003). Digitalizada.
Principais obras
Luiz Olivieri foi um profícuo criador de edifícios na nascente capital mineira, sendo um dos grandes responsáveis pela conformação da paisagem Eclética da cidade. Dentre suas principais obras, podemos destacar: a antiga Cervejaria Renânia (1910), atual Shopping Oiapoque; o Grupo Escolar Barão do Rio Branco (1913); o Palacete Dantas (1915); a antiga Estação Central do Brasil (1922), atual Museu de Artes e Ofícios; e o antigo Banco Hipotecário e Agrícola (1922), atual Unidade de Atendimento Integrado (UAI).
Texto e pesquisa iconográfica: Ulisses Morato de Andrade
Referências
A Casaca do Arlequim: Belo Horizonte, uma Capital Eclética do Século XIX. Heliana Angotti-Salgueiro. Edusp / Editora UFMG, 2020.
A Construção Social do Campo da Arquitetura Moderna em Belo Horizonte. Dissertação de Mestrado. Juliano Nemer Caldeira Brant. UFMG, 2012.
Architecto Moderno na Cidade: Traços e Rastros de Luiz Olivieri em Belo Horizonte. Tese de Doutorado. Rita Lages Rodrigues. UFMG, 2012.
Casa Nobre: Significados dos Modos de Morar nas Primeiras Décadas de Belo Horizonte. Celina Borges Lemos e Karla Bilharinho Guerra (orgs.). Frente e Verso Editora, 2019.
Guia dos Bens Tombados IEPHA/MG - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Volume 1. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014.
Um Olhar para o Século XX: Arquitetura Civil na Área Urbana da Cidade Planejada por Aarão Reis. Carlos Roberto Noronha (Org.). Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 2003.
Fonte: Estado de Minas / Túlio Santos / DA Press
Fonte: Estado de Minas / Beto Novaes / DA Press
Fonte: Guia de Bens Tombados, V.1 – IEPHA-MG.
Fonte: Guia de Bens Tombados, V.1 – IEPHA-MG.